sábado, 29 de setembro de 2007

Bad hair day.

Meu castigo é silencioso e essa luta incessante me cansa diariamente. Cada dia a vontade que eu tenho de desistir de tudo e sucumbir as minhas mais puras e pobres vontades é maior. A fuga pelo caminho mais fácil me agrada, e o amargor das minhas ações me deixa fraca e sem a pretensão (natural e inerente à condição humana) de viver infinitamente. Ao ler isso, você deve se questionar se faz sentido ser só mais um corpo magro e doente da capital, mas para mim essas necessidades são maiores e mais importantes do que o ato de respirar longa e profundamente. Meu castigo realmente deve ser silencioso, e naquele mesmo lugar eu descarrego todas as minhas frustrações dia após dia, necessidade após necessidade afim de não ser mais uma garota medíocre e ordinária. Não espero pena ou compaixão. Eu não tenho esses sentimentos por mim mesma.

É difícil corresponder às expectativas quando as pessoas não sabem que eu mal consigo cumprir promessas esdrúxulas que eu faço todos os dias quando acordo. Fácil é julgar meus atos vendo de fora e não sofrendo todas as dores que para mim são as maiores do mundo.

Não se respeitar é um passo para o fracasso. Não se aceitar já é um passo dado.

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