sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Os biquínis e a política

O processo eleitoral norte americano é quase que inteligível para leigos que desconhecem as regras do jogo pela Casa Branca. Democratas de um lado e republicanos do outro, na eterna dicotomia “O Bem e o mal”. Tão difícil quanto avaliar o processo eleitoral nos EUA é não morrer de rir ao assistir o vídeo da socialite Paris Hilton, como candidata à presidência. Paris é o maior exemplo da cultura norte americana e do moralismo corrompido que envolve essa sociedade. A queridinha mais odiada da América transforma em chacota até as eleições.
Em vídeo resposta, um pouco vingativo, de Hilton contra o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John Mccain, a socialite chama ele de “velho careca”. A batalha entre os dois começou depois deste ter comparado Sarah Palin a ela mesma e a cantora Britney Spears. Para a vice-presidência, a loira sugere a cantora Rihana que com um belo físico e músicas tão pegajosas como “Umbrella” provavelmente alavancaria votos de muitos que não se cansam de entoar o repetitivo e fraco refrão “Ella Ella e e e” que chega quase a ser uma proposta social de alfabetização.
Tão politicamente incorreta, Paris ainda sugeriu que a candidata Sarah Pallin usasse mais os biquínis para agradar os eleitores. Algumas fotos de Pallin foram publicadas vestindo traje de banho estampado com a bandeira dos EUA e uma metralhadora na mãoPara Paris o mais importante atributo para um candidato presidencial deve ser uma bela bunda. Pintar a Casa Branca de rosa e ainda utilizar o salão oval para alojar seus convidados nas suas famosas “after-parties” foram algumas de suas propostas que, em qualquer lugar do mundo apolítico, fariam sucesso por seu sarcasmo e despretensão. Quem garante que o ilustre George W. Bush não reunia os amigos para uma partida de pôquer na sala vermelha?
Talvez Paris obtenha sucesso na política assim como o nosso exemplar brasileiro, o rinoceronte Cacareco, que chegou a ser vereador com 100 mil votos no estado de São Paulo.
O problema pode não estar nas suas promessas para um governo presidencial, e sim nos eleitores que com ela comungam algumas idéias e até a falta de alguns neurônios.

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