sexta-feira, 13 de julho de 2007

Despretensão pretensiosa.


E pela terceira vez hoje, vou escrever aqui, já que estou tendo uma tempestade criativa nessa sexta-feira 13.


Não vamos falar de 'umbiguismos' dessa vez, mas sim de como algumas coisas andam acontecendo ali pela Billboard (é uma revista semanal dos EUA especializada em informações sobre a indústria da música.). Temos que admitir que uma banda brasileira ter reconhecimento mundial, ter a vocalista na capa da Rolling Stones inglesa, fazer a propaganda da nossa terra (muito boa por sinal) deve ser respeitado, mas por favor, não me venha com frangalhos e pagações de pau desnecessárias. Respeito é diferente de admiração. A banda da qual estou falando é o Cansei de ser sexy. Em meados de 2006, surge no cenário rock e alternativo de São Paulo o CSS, uma banda com várias influencias como o pop, o rock e o eletro. Levantando como bandeira uma postura "pretensamente despreocupada e alternativa", a banda lança a um público pobre de informações, tendêcias de moda e mais uma série de comportamentos que (por favor né?) já estão mais do que manjados. Para uma galera que se julga cultural e musicalmente falando super IN* dos assuntos, é bem triste que se considerem que o CSS é o precursor dessa atitude.


Será que as pessoas tem a memória tão curta para a música quanto tem para a política? Será que esses modistas que degustam livros para reafirmar como são descolados como é o caso do 'Mate-me por favor', esqueceram que tudo isso que é tão demais, maravilhoso e 'novo' que o Cansei de ser sexy anda fazendo já foi feito de forma gloriosa pelo New York Dolls há muito tempo atrás?


O New York Dolls, nascida em 1971 em NY, ousaram e abusaram na época mágica de movimentos de mudança, e andavam por ai desfilando as roupas da estilista Vivienne Westwood. Naquela época, David Johansen e seus amigos saiam por ai, vestidos de mulher. Aquilo sim era tendência. Vangloriar uma banda como o CSS só faz deixar bem claro que hoje em dia não importa de fato o que é bom e singular. Musicalmente falando, o NYD nem eram essas coisas, mas sendo assim, o CSS é farinha do mesmo saco.


De qualquer forma, me deprime essa pretensão despretensiosa de fazer algo que não é novo, assim quase sem querer. Abram os olhos, e descubram que por trás de todo esse jeito largado e fashion, existe muito mais QI (o famoso quem indica), dinheiro (afinal todas as lindas garotinhas são de classe média) e muito mais fogo de palha do que de fato despretensão, criatividade e ousadia.



Para conhecer mais
http://www.nydolls.org/

New York dolls.

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