quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Temos o poder de decidir, em todas as ocasiões, se faremos da nossa história um drama, daqueles novelescos, cheios de lágrimas, situações clichês e convencionais salpicados de partidas e desilusões, ou se faremos dos nossos limões, doces liquores, daqueles que nos refrescam em tardes quentes de verão e que tornam a nossa passagem por essa vida mais fácil e agradável.


Deparamo-nos sempre, invariavelmente, com as duas opções e decidir é sempre a parte mais difícil. Por vezes, a melhor saída é, discretamente, passarmos o poder de escolha à entidades superiores e competentes, como o tempo ou qualquer outra fatalidade da vida.


Encarar as situações que podiam custar pedaços de nossos fígados, dia após dia, como aconteceu a Prometeu após ceder o fogo aos homens, pode ser até uma experiência revigorante; basta sabermos que, ainda que doam, nossos órgãos irão se recompor. Sejamos pessoas "fígado", leves e sempre dispostas a começar mais um bom dia, ainda que o grande pássaro de nosso sofrer, insista em voar em círculos sob nossas cabeças e arrancando-nos pequenos pedaços.



Acordei feliz e orgulhosa de poder enfim, entender que as coisas são como devem ser. Que não devemos olhar com maldade para o outro, que não devemos desistir de seguir o caminho certo, ainda que o fruto de nossos esforços não seja o esperado. Ah, o esperado! Só pra constar nessas linhas, que ele é sempre acometido pelo inesperado e sendo assim, não pesa sob nossas cabeças a resolução final.



Hoje eu comecei um novo e bom dia.

Um comentário:

Anônimo disse...

achei interessante isso sobre sermos um fígado. É uma escolha num sentido mais construtivo do que destrutivo, mas no sentido que atravessa a destruição e encontrando um sentido para estar vivo! E dessa forma... permanecer.
foi um prazer ler por aqui...
Daniel Röhe